quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Ergonomia: Uma análise generalista, aplicação de checklists

Apesar do esforço da Bosch em tornar o ambiente e os postos de trabalho adequados, existem situações cotidianas que fogem do controle da empresa e que podem estar a colocar os trabalhadores em risco. Durante as visitas realizadas ao local de análise do grupo na empresa foi possível observar posturas e situações que podem representar riscos ao trabalhador. Com o intuito de verificar se existe ou não risco e caso exista qual sua gravidade foi decidido realizar a análise ergonômica dos postos de trabalho já que a ergonomia busca adequar o trabalho ao homem.
Para iniciar a análise foram utilizadas duas checklists, a proposta por Alexander e Smith e a proposta por E, Grandjean.  Por conterem aspectos semelhantes foram utilizados da checklist de Grandjean somente os blocos relativos à monotonia e aborrecimento e trabalho por turnos.
Abaixo é possível observar todas as observações recolhidas através da observação em loco e das entrevistas com as funcionárias.






Checklist E. Grandjean





Análise da Checklist de Alexander e Smith
 Secção A de indicadores da necessidade de avaliação ergonómica foi possível verificar que apesar de no posto analisado não ocorrer uma produção e sim armazenamento, existem queixas por parte das funcionárias de dores e incômodos ao final do turno de trabalho o que pode indicar problemas durante a execução da atividade.
Secção b – indicadores da necessidade de melhoramentos no posto de trabalho verifica-se que a manipulação de contêineres pesados durante todo o turno, com repetição dos movimentos, associado aos movimentos de puxar e empurrar em posturas inadequadas apresentam potencial para ser a causa das dores e incômodos sentidos. Observa-se também  que elas buscam meios para auxiliar o processamento de informação bem como para gerenciar as suas fontes diferentes o que pode representar indícios de uma forma inadequada de repasse de informação a essas colaboradoras.
Secção c - indicadores da necessidade de alterações ao design do posto de trabalho nota-se que apesar da superfície de trabalho não demostrar a primeira vista ser muito baixa ou muito alta, está acarretando em posturas inadequadas principalmente quanto à retirada dos contêineres do supermercado. O movimento de elevação é realizado sem a apoio o que pode acarretar em mais esforço durante a sua realização.
Secção d – indicadores de problemas no ambiente de trabalho. Quanto ao ambiente de trabalho foi possível observar que não apresenta problemas quanto a ruído, temperatura, humidade, iluminação e radiações tendo em vista que a temperatura e a humidade são regulados já que o ambiente não pode sofre variações grandes devido aos produtos fabricados. Quanto ao ruído nota-se que o ambiente permite fácil comunicação existindo poucos barulhos entretanto percebe-se também que não é algo extremamente silencioso já que algo assim também não é adequado. Em relação a iluminação não existe a exigência de algum tipo de iluminação especial e essa não varia de ambiente para ambiente, fazendo com que ao circular pela  fábrica não exista zonas claras e escuras. E por fim, não foram detectadas fontes de radiação nas proximidades do posto de trabalho.
 
Análise da Checklist E. Grandjean

Realizando uma comparação da checklist de Alexander e Smith com a checklist de Grandjean é possível perceber que existem pontos de análise iguais ou muito semelhantes, dessa forma foram abordados e analisados dessa lista os pontos que diferem da primeira de modo a aprofundar a análise e talvez encontrar outros fatores não verificados com a primeira aplicação.
A secção relacionada com monotonia e aborrecimento permitiu observar que o trabalho é repetitivo e que existe a possibilidade de realizar diversificação das tarefas tendo em vista que as funcionárias são responsáveis pela mesma rota, consequentemente realizando sempre as mesmas atividades. Uma troca dessas rotas permitiria diversificar um pouco o trabalho.
Já a secção de trabalhos por turnos ressalta a necessidade de observar se a atividade ocorre de modo semelhante ou não nos diferentes turnos, e também foca nas necessidades do pessoal alocado no turno noturno, e no caso analisado apesar de existir tal turno, esse não será avaliado devido a impossibilidade de observação do mesmo.


Próxima etapa: Análise de Risco dos Postos de Trabalho


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