Bill of materials
(BOM) é a lista de materiais (matérias-primas ou semiacabados) necessários para
a produção de um determinado artigo ou produto. Para essa fase do projeto, será expressa a BOM de um dos principais tipos de placas
produzidos pela empresa, a Regler. Justifica-se esta ação para simplificar a
interpretação da análise, afinal os outros 53 tipos de placas que são
armazenadas no supermercado apresentam diversas características em comum a esta
que será expressa tanto do que tange os componentes como nas operações.
O blog Invented for Bosch é desenvolvido pelos alunos César Rocha, Diana Rodrigues, Duarte Lourenço, Helder Figueiredo,Lívia Torres, Renata Mota, Ricardo Gonçalves e Rodrigo Oliveira, com o intuito de relatar as atividades desenvolvidas no Projeto Integrado II do quarto ano do Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão Industrial, MIEGI.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Sistemas de Informação: Referenciação Directa e Referenciação Genérica
Um modelo de
referenciação é um método para gerenciar as informações dos artigos, atribuindo
referências aos artigos de forma a diferencia-los e caracteriza-los.
Há dois
tipos de modelo de referenciação, a directa, na qual a cada artigo é atribuída uma referência e o modelo de
referenciação genérica no qual atribui uma referencia a cada família de artigos.
Com o modelo de referenciação genérica elimina-se o excesso de referências, já que uma única referencia representa uma família completa de artigos, ou seja, todas as
variações estão em uma única referência genérica, onde tanto pode referenciar a
gama operatória como a lista de materiais.
Na situação em analise na Bosch, pode-se perceber que a empresa utiliza o modelo de referenciação directa, seria interessante a aplicação do referenciação genérica, devido a possuir famílias de placas na área em questão e em cada família pode-se encontrar um número significativo de placas. Foi feita pelo grupo uma tentativa de referenciação genérica de uma família de produtos (Regler), a qual pode se observada abaixo. Dada a complexidade do produto em questão, até ao momento, apenas conseguimos referenciar metade do processo, isto é, até à saída dos produtos da Linha Manual.
Parâmetros
Tipos de Operações
VSM Bosch Ampliado
A imagem acima mostra um VSM confeccionado conjuntamente com a Bosch. Foi desenvolvido com os senhores Francisco Vieira e Mário Pinhão, ambos contatos do grupo dentro da empresa, tinha por intuito conhecer todo o caminho percorrido até entregar o produto ao cliente.
O intuito em desenvolver um VSM como o apresentado acima está intimamente relacionado com a filosofia Lean, filosofia essa adotada pela Bosch, tendo em vista que permite identificar desperdícios, compreender um sistema complexo e perceber quais ações mais urgentes podem ser aplicadas para a melhoria do sistema.
Com esse VSM pode-se identificar: que falta um sistema de gestão visual em alguns sítios, falta de distribuição normalizada( problema com os milk-runs passando em tempos não normalizados), falta de informação entre as linhas manuais e as linhas em conjunto (OEE, eficiência, TFOR, etc) dentre outros não menos importantes.
O VSM apresentado ainda se encontra em desenvolvimento e foi útil pois permitiu obter dados relacionados com a área analisada pela equipa.
p.s: Para visualizar melhor a imagem abrir o link no texto onde diz imagemampliada.
Análise de Risco - Guia de Mital
Com a aplicação das checklists foi possível constatar que as operárias se queixavam de dor ao fim do turno de trabalho. De posse de tal informação partiu-se para uma análise de risco das atividades desenvolvidas no supermercado com o intuito quantificar os riscos inerentes a elas bem como poder utilizar de tais informações para definir limites para que a manipulação manual de cargas possa ser realizada de forma segura.
Para o posto de trabalho analisado foram aplicados dois métodos de análise de risco: a equação de NIOSH de 1991 e o método proposto por Mital. Na presente postagem será abordado o método proposto por Mital.
Primeiramente dividiu-se o posto de trabalho em tarefas manuais de manipulação, estando essas organizadas no quadro abaixo.
Também é sabido que as colaboradoras tem
um turno de oito horas com aproximadamente 60 minutos de intervalo distribuidos em 3 pausas , indo em
média 19 vezes ao posto de trabalho manuseando em média 3 caixas a cada ida ao
supermercado o que nos fornece uma frequência aproximada de 0, 14 contêineres
por minuto.
Decidiu-se que o posto de trabalho será avaliado para o percentil de 90% da população feminina.
Como ação posterior foram calculadas as cadencias atuais e a cadencia de trabalho recomendada para que posteriormente essas possam ser comparadas e obter-se então o risco potencial. Abaixo podemos observar os dados e os cálculos feitos para cada uma das atividades.
Com os valores dos riscos em potencial conclui-se que:
- R>1 a maioria das atividades apresentam risco;
- Necessidade de redesenho do posto de trabalho;
- Novos PT's projetados utilizando os dados antropométricos da população feminina portuguesa
Ergonomia: Uma análise generalista, aplicação de checklists
Apesar do esforço da Bosch em tornar o ambiente e os postos de trabalho adequados, existem situações cotidianas que fogem do controle da empresa e que podem estar a colocar os trabalhadores em risco. Durante as visitas realizadas ao local de análise do grupo na empresa foi possível observar posturas e situações que podem representar riscos ao trabalhador. Com o intuito de verificar se existe ou não risco e caso exista qual sua gravidade foi decidido realizar a análise ergonômica dos postos de trabalho já que a ergonomia busca adequar o trabalho ao homem.
Para iniciar a análise foram utilizadas duas checklists, a proposta por Alexander e Smith e a proposta por E, Grandjean. Por conterem aspectos semelhantes foram utilizados da checklist de Grandjean somente os blocos relativos à monotonia e aborrecimento e trabalho por turnos.
Abaixo é possível observar todas as observações recolhidas através da observação em loco e das entrevistas com as funcionárias.
Checklist E. Grandjean
Análise da Checklist de Alexander e Smith
Secção A de indicadores da necessidade de avaliação ergonómica foi possível verificar que apesar de
no posto analisado não ocorrer uma produção e sim armazenamento, existem
queixas por parte das funcionárias de dores e incômodos ao final do turno de
trabalho o que pode indicar problemas durante a execução da atividade.
Secção b – indicadores da necessidade de
melhoramentos no posto de trabalho verifica-se que a manipulação de
contêineres pesados durante todo o turno, com repetição dos movimentos, associado
aos movimentos de puxar e empurrar em posturas inadequadas apresentam potencial
para ser a causa das dores e incômodos sentidos. Observa-se também que elas buscam meios para auxiliar o
processamento de informação bem como para gerenciar as suas fontes diferentes o
que pode representar indícios de uma forma inadequada de repasse de informação
a essas colaboradoras.
Secção c - indicadores da necessidade de alterações ao design do posto
de trabalho nota-se que apesar da superfície de trabalho não demostrar a
primeira vista ser muito baixa ou muito alta, está acarretando em posturas
inadequadas principalmente quanto à retirada dos contêineres do supermercado. O
movimento de elevação é realizado sem a apoio o que pode acarretar em mais
esforço durante a sua realização.
Secção d – indicadores de problemas no
ambiente de trabalho. Quanto ao ambiente de trabalho foi possível
observar que não apresenta problemas quanto a ruído, temperatura, humidade,
iluminação e radiações tendo em vista que a temperatura e a humidade são
regulados já que o ambiente não pode sofre variações grandes devido aos
produtos fabricados. Quanto ao ruído nota-se que o ambiente permite fácil
comunicação existindo poucos barulhos entretanto percebe-se também que não é
algo extremamente silencioso já que algo assim também não é adequado. Em
relação a iluminação não existe a exigência de algum tipo de iluminação
especial e essa não varia de ambiente para ambiente, fazendo com que ao
circular pela fábrica não exista zonas
claras e escuras. E por fim, não foram detectadas fontes de radiação nas
proximidades do posto de trabalho.
Análise da Checklist E. Grandjean
Realizando
uma comparação da checklist de Alexander e Smith com a checklist de Grandjean é
possível perceber que existem pontos de análise iguais ou muito semelhantes,
dessa forma foram abordados e analisados dessa lista os pontos que diferem da
primeira de modo a aprofundar a análise e talvez encontrar outros fatores não
verificados com a primeira aplicação.
A
secção relacionada com monotonia e
aborrecimento permitiu observar que o trabalho é repetitivo e que existe a
possibilidade de realizar diversificação das tarefas tendo em vista que as
funcionárias são responsáveis pela mesma rota, consequentemente realizando
sempre as mesmas atividades. Uma troca dessas rotas permitiria diversificar um
pouco o trabalho.
Já
a secção de trabalhos por turnos
ressalta a necessidade de observar se a atividade ocorre de modo semelhante ou
não nos diferentes turnos, e também foca nas necessidades do pessoal alocado no
turno noturno, e no caso analisado apesar de existir tal turno, esse não será
avaliado devido a impossibilidade de observação do mesmo.
Próxima etapa: Análise de Risco dos Postos de Trabalho
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